05/05/2021 às 10h33min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h33min
VÍDEO: “É um barril de pólvora. E pode explodir”, diz sindicalista sobre crise do transporte em PG
Luizão também sugere que a greve pode estender por mais um mês
Da redação
Foto: Divulgação
O presidente do Sintropas, Luizão, divulgou um vídeo na manhã desta quarta-feira (5) em que faz um contundente desabafo sobre a crise do transporte coletivo de Ponta Grossa.
Destacando que os trabalhadores da Viação Campos Gerais (VCG) estão há 30 dias “agonizantes” de greve, o sindicalista observa que, no máximo nesta sexta-feira (7), completa o segundo mês de salários atrasados. “Dois meses sem receber salário, e a Justiça quer que os trabalhadores continuem a trabalhar sem receber. Isso não dá para entender. Nós fizemos todas as ações possíveis, judiciais, greves, respeitamos as decisões da Justiça que diziam que nós teríamos de liberar 50% da frota se não seríamos multados em R$ 50 mil, enquanto a empresa, se não pagasse, seria multada em apenas R$ 10 mil. E a empresa não pagou. Complicado, né?”, questiona.
No vídeo, Luizão também acusa a Prefeitura de ter recebido verba federal durante a pandemia e de ter usado esse valor para pagar funcionários que, segundo ele, não trabalharam na pandemia. “Enquanto isso, os trabalhadores do transporte coletivo trabalharam todos os dias na linha de frente. E aí, como é que fica? A responsabilidade é de quem? A Justiça está fazendo a sua parte. Já bloqueou valores que estavam nas contas da empresa, mas que são insuficientes para pagar os salários. Será que vamos até o dia 5 de junho com essa greve? Será que ninguém vai se mexer para resolver o problema do transporte coletivo?”, aponta o sindicalista.
Luizão também chama a atenção para o problema da superlotação dos ônibus, registradas quase diariamente pelos usuários. “Essa questão deve ser respondida por aqueles que tem o poder de decisão, porque os trabalhadores não têm. Câmara Municipal, Prefeitura, empresa e Justiça estão devendo uma resposta aos trabalhadores do transporte coletivo”, afirma.
No fim do discurso, o sindicalista menciona ainda, “só para avisar”, que o transporte coletivo é “um barril de pólvora”. “E vai explodir a qualquer momento. Depois não adianta reclamar. Os trabalhadores já estão de saco cheio. Está chegando a hora de essa situação se resolver”, conclui.