05/05/2021 às 15h49min - Atualizada em 05/05/2021 às 15h49min
VCG pede audiência de conciliação com a Prefeitura
Pedido se deve à prefeita Elizabeth ter “reconhecido” a responsabilidade do poder público nos prejuízos causados pelos decretos
Da assessoria
Foto: Divulgação
A Viação Campos Gerais (VCG), concessionária que executa o serviço de transporte coletivo no município de Ponta Grossa, protocolou nesta terça-feira (4) uma petição na Justiça solicitando uma audiência de conciliação com a Prefeitura.
De acordo com a empresa, o pedido se deve à prefeita Elizabeth Schmidt ter “reconhecido” a responsabilidade do poder público em relação aos prejuízos causados pelos dias que o transporte ficou paralisado por determinação de decretos municipais. “No momento, aguardamos a manifestação da Justiça, porque há interesse da empresa para que tal demanda seja solucionada”, afirma a nota divulgada pela empresa nesta quarta-feira (5).
Responsabilidade
Elizabeth declarou na manhã da última sexta-feira (30) que a Prefeitura “quer” fazer o pagamento referente aos 18 dias que o serviço de transporte coletivo ficou parado por decisão de decretos municipais. Apesar de estar disposta a arcar com o prejuízo causado pelos dias parados (18 de março a 4 de abril), a prefeita afirma que o pagamento não vai “resolver” a crise do transporte.
“A responsabilidade que eu tenho, e que eu já tinha consciência desde o primeiro momento que eu pedi a suspensão por 18 dias do transporte coletivo para salvar a vida das pessoas, eu já tinha consciência que nós devemos e queremos fazer o pagamento desses dias parados. Mas eu tenho a certeza também que isso não vai resolver o problema da VCG”, afirmou a prefeita em entrevista ao programa ‘Tribuna da Massa’, da Rede Massa.
Acordo
No entanto, Elizabeth aponta que o pagamento depende de um acordo judicial. “Judicialmente, nós estamos tentando um acordo para que a gente possa fazer esse pagamento, porque eu não posso fazer pelo meu bel prazer. Isso me levaria a uma improbidade administrativa muito séria. Então, não é assim. As coisas são bem difíceis e complexas de serem resolvidas. Eu gostaria que fosse resolvido hoje. Não sei se isso vai acontecer”, explica.
Bloqueio
A Justiça do Trabalho de Ponta Grossa ordenou, no dia 24 de abril último, o bloqueio dos bens da VCG para “sequestrar” o montante de R$ 2, 2 milhões com o objetivo de realizar o pagamento dos salários atrasados dos colaboradores da empresa do transporte coletivo. Até o momento, os pagamentos não foram realizados.