12/05/2021 às 13h26min - Atualizada em 12/05/2021 às 13h26min
Transporte de PG volta em 50% nesta quinta (13) mediante pagamento aos trabalhadores
Serviço só voltará com 100% da frota quando o salário de abril for pago, diz sindicato
Da assessoria
Foto: Divulgação
Após duas horas de discussões, foi encerrada a audiência de conciliação entre Sintropas, Viação Campos Gerais (VCG) e Prefeitura de Ponta Grossa, que ocorreu em razão do dissídio coletivo ajuizado pelo sindicato, que, através do presidente Luizão Oliveira, não tem medido esforços para defender os trabalhadores do transporte coletivo. O líder sindical demonstrou conhecimento para representar a classe e cobrou agilidade da empresa e do poder público para a viabilização dos pagamentos dos salários atrasados.
Durante a audiência, realizada de forma remota pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e mediada pelo vice-presidente, desembargador Célio Horst Waldraff, o departamento jurídico da entidade reforçou a petição protocolada na Justiça do Trabalho de Ponta Grossa, no dia 3 de maio, solicitando que a 3ª Vara determinasse a transferência dos valores bloqueados da VCG aos trabalhadores. O deferimento do Judiciário era aguardado até o momento, mas foi confirmado pela juiza Christiane Bimbatti, que fez uma breve participação no meio da sessão.
A greve deflagrada pelo Sintropas, com paralisação de 100% da frota, também foi defendida na ocasião. Segundo o presidente, Luizão Oliveira, a falta de pagamento de salário dos colaboradores pelo segundo mês consecutivo se tornou inviável, colocando os funcionários em extrema vulnerabilidade social. “Sem salário, não há trabalho. A Justiça do Trabalho não confabula com essa decisão. Os representantes fazem muito bem em não trabalhar”, apoiou o desembargador.
Ao final da audiência, a VCG se comprometeu a pagar o salário de março, com a liberação dos valores bloqueados pelo Judiciário, até esta quinta-feira (13), o que acarreta no retorno de 50% da frota no mesmo dia. A Prefeitura Municipal informou que dará aporte financeiro referente ao período de 18 dias de suspensão do transporte coletivo, durante o lockdown. O montante, não divulgado, deverá ser utilizado para contribuir com o pagamento do restante dos salários atrasados.
Após abril ser quitado, a frota retornará com 100% às ruas. É importante destacar, mais uma vez, que o presidente Luizão foi enfático e incisivo na defesa dos trabalhadores e não iria aceitar a volta do transporte sem os pagamentos. Luizão pressionou a Prefeitura para que se comprometesse a fazer a transferência do aporte à empresa num prazo rápido. O líder sindical ainda demonstrou sua garra e fibra na defesa dos trabalhadores, como sempre esteve na linha de frente, independentemente de todas as adversidades.