27/05/2021 às 10h53min - Atualizada em 27/05/2021 às 10h53min
Casos de “fura-fila” na vacinação da COVID já foram registrados em 39 cidades do PR
Segundo o presidente da Comissão Especial de Investigação, funcionários públicos e políticos também são suspeitos de fraudarem as filas
Da redação, com assessorias
Foto: Divulgação Casos suspeitos de “fura-fila” na vacinação da COVID-19 estão sendo registrados em praticamente todas as cidades do Paraná. De acordo com o deputado federal Delegado Fernando Francischini (PSL), presidente da Comissão Especial de Investigação (CEI), a Controladoria Geral do Estado já encaminhou mais de mil denúncias em quase todas as cidades.
Segundo o parlamentar, mais de 90 CPFs de mortos já foram usados para furar a fila da imunização em 39 municípios do estado. “Em muitos desses casos, os CPFs foram utilizados por familiares ou até por quadrilhas, já que existem documentos de pessoas de outros estados que são usados sistematicamente para obter vacinação”, detalha.
O deputado acrescenta que, até o momento, a CEI também já colheu informações de mais de 30 políticos e ex-políticos suspeitos de terem usado de suas prerrogativas de função para passarem na frente da ordem de prioridade.
Investigação
Nesta quinta-feira (27), a CEI estará na Lapa e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em diligências para apurar casos de mortos imunizados, denúncias de vínculos de pessoas que burlaram a prioridade na vacinação e o envolvimento de funcionários públicos que supostamente fraudaram a fila.
Às 10h, Francischini realizou uma reunião com o prefeito da Lapa, Diego Ribas, para colher informações sobre denúncias de irregularidades na vacinação contra o coronavírus e apresentar dados obtidos pela CEI.
“Nós queremos, com essa volta na RMC e Litoral, obter, junto às prefeituras, as informações necessárias envolvendo esses casos. Todo o material colhido será encaminhado ao Ministério Público, para encaminhamento das providências, sejam elas criminais ou administrativas”, explica.
Os casos, segundo ele, envolvem desde falsidade ideológica, uso de documento falso, até a participação de funcionários públicos em crimes de improbidade administrativa. “Nossa função é fechar as torneiras dessas fraudes”, finaliza.