27/05/2021 às 13h29min - Atualizada em 27/05/2021 às 13h29min

VÍDEO: Dr. Erick rebate acusações sobre venda de atestado para vacinação

Médico afirma que está sendo vítima de uma "armação" e de uma "manobra política"

Da redação
Foto: Reprodução
O médico e vereador Dr. Erick (PSDB) usou o seu perfil no Instagram, na manhã desta quinta-feira (26), para rebater acusações de que estaria vendendo atestado médico para pessoas saudáveis “furarem” a vila da vacinação contra a COVID-19 em Ponta Grossa.

Em vídeo publicado na rede social, o médico afirma que atendeu ao rapaz que fez a denúncia por meio de telemedicina, ferramenta regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo o parlamentar, o recurso permite aos médicos atenderem através de mídias digitais.

“Ontem [na verdade, na terça-feira], um cidadão procurou o meu consultório pedindo uma consulta por telemedicina. Ele veio até mim afirmando ser portador de uma cardiopatia. Partindo do pressuposto de que ele é cardiopata, como ele afirmou, ele teria direito à vacinação da COVID. E eu emiti uma declaração autorizando ele a tomar a vacina, baseado no que ele me contou”, explica.

O médico alega que não havia “tempo hábil” para pedir ao suposto paciente que realizasse os exames necessários para o atestado, porque o agendamento da vacinação, segundo ele, costuma se encerrar rapidamente depois de aberto pela Prefeitura. 

“Quando a pessoa procura o médico, o médico parte do pressuposto de que ela está falando a verdade. Porque não há tempo hábil para as pessoas conseguirem exames e outros recursos para tomarem a vacina, porque, quando abre o agendamento, fica pouco tempo e logo se encerra. Então, em cima do que a pessoa fala, o médico faz o atestado. É uma relação de confiança”, aponta. 

Após afirmar no vídeo que foi vítima de uma “armação” e de uma “manobra política”, mesmo que o rapaz que fez as acusações não tenha revelado a identidade do tal médico, Erick destaca que é um "profissional ético" e que faz tudo “dentro da legalidade”. 

Ao fim da mensagem, o médico ressalta que já acionou a sua equipe jurídica para entrar com processo na Justiça contra o jovem que fez as acusações. "Vamos entrar com um processo contra esse cidadão, porque ele mentiu durante uma consulta, e isso é crime previsto em lei", afirma. 

Confira a seguir o vídeo publicado pelo parlamentar e, em seguida, veja os detalhes do caso: 




O caso

Em vídeo divulgado nas redes sociais e aplicativos de mensagens na noite da última terça-feira (25), um rapaz de nome Murilo Antônio acusou um médico do município de vender atestados para pessoas saudáveis "furarem" a fila da vacinação contra a COVID-19. 

Sem citar o nome do médico, o rapaz conta que tomou conhecimento do suposto esquema depois que uma conhecida precisou de um atestado atualizado para se vacinar contra a doença. “Essa pessoa realmente tem asma, tem problema de saúde, e foi impedida de agendar a vacina porque falaram que o atestado dela estava desatualizado e que ela precisava de um atestado atualizado. Indicaram um médico para ela. Ela entrou em contato com a clínica desse médico, e eles falaram que o atestado teria um custo de R$ 150”, explica.

Querendo conferir o caso com os “próprios olhos”, Murilo afirma que entrou em contato com a clínica do médico por meio do aplicativo WhatsApp e foi informado que, para receber o atestado, teria que transferir via Pix o valor cobrado. “Eu mandei o dinheiro, e eles me mandaram o atestado. Eu tenho 25 anos, tenho coração perfeito, tenho pulmões perfeitos, a minha saúde está perfeita, e hoje eu consegui comprar um atestado médico que me permite tomar a vacina do Coronavírus amanhã, se eu quiser. É difícil de acreditar, mas, pasmem, é verdade”, afirma.

Embora afirme ter “provas explícitas” para fundamentar as acusações, Murilo não revelou a identidade do tal médico. Afirmou apenas que ele “obteve a confiança da população para estar onde está”. “Eu não vou expor o nome agora, porque há todo um trâmite legal para fazer isso, mas tudo isso virá à tona. O meu objetivo aqui é simplesmente abrir os olhos de todos sobre o que está acontecendo em nossa cidade”, aponta.

“Essa vacina que eu poderia tomar amanhã poderia ir para a sua tia, a sua mãe, mas, não, tem alguém furando fila, tem alguém roubando, e talvez essa pessoa que deveria tomar a vacina seja mais uma nos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mais uma no SUS [Sistema Único de Saúde], e isso não pode mais acontecer”, acrescenta.

Segundo relatou à página policial do ‘Programa COP’, no Facebook, Murilo levou o assunto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), junto às provas, para ser investigado.

Confira o vídeo: 



Link
Notícias Relacionadas »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Fale com NCG News!