09/08/2021 às 09h13min - Atualizada em 09/08/2021 às 09h13min

Jovem é velado em caixão com partes de papelão em PG: “Humilhação”, diz familiar

Segundo a funerária, caixões do tipo já vêm sendo usado há tempos no município

Da redação
Foto: Reprodução / Repórter Sassá
O velório do jovem Michael, ocorrido neste domingo (8), na Capela Municipal São José, foi marcado por tristeza e espanto. Familiares do rapaz ficaram indignados com o fato de que o jovem estava sendo velado em um caixão fabricado com partes de papelão.

"Horrível esse caixão dele. Está muito feio. Muito acabado. Olha o estado disso", diz a sogra de Michael, em entrevista ao ‘Repórter Sassá em Ação’, enquanto mostra o aspecto mole e frágil do ataúde. "É um caixão de papelão. Eu nunca tinha visto isso", completa. 

Moradora da vila Marumbi, na região do bairro de Oficinas, a avó do rapaz se diz indignada com o fato e afirma que o neto não merece "ir" em um caixão de papelão. "Isso não é digno", aponta. 

Na visão de uma familiar, o uso de um caixão com partes de papelão é uma "falta de respeito com a dor da família". "Jogaram ele que nem bicho aqui. Não colocaram nem um véu no 'piá'. Onde já se viu fazer isso? Que humilhação", opina.

Funerária  

A funerária Rio Branco, que organizou o velório do rapaz, esclarece que o caixão não é inteiramente de papelão: "apenas" a tampa e o encaixe.

"As notícias estão sendo distorcidas. O caixão não é de papelão. O caixão é de madeira. A tampa é que é de papelão. Não existe caixão de papelão. As funerárias foram autorizadas a usar esse tipo de caixão. A parte de baixo do caixão não pode ser de papelão. Se fosse, não ia segurar o corpo. A parte estrutural do caixão, a parte onde vão as alças, é tudo de madeira", explica o proprietário. 

O dono destaca ainda que o material usado no encaixe e na tampa não é um papelão "comum", do tipo encontrado em caixas de supermercado. "É um papelão de fábrica, exclusivo para caixão", explica. 

Segundo o proprietário, essa não é a primeira vez que um caixão do tipo é utilizado em Ponta Grossa. "Já faz tempo que estão usando. É uma coisa nova, biodegradável, que uma fábrica de Ponta Grossa criou. Eles vendem para todo o Brasil", comenta. 


 
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