16/08/2021 às 14h27min - Atualizada em 16/08/2021 às 14h27min
Sindicatos de PG protestam contra reforma administrativa
Serão promovidas ações de protesto e conscientização em espaços públicos da cidade durante a semana
Da assessoria
Foto: Reprodução
A Frente Ampla Democrática de Ponta Grossa (FAD), em conjunto com a APP Sindicato, Sindiserv, Sintespo e Sinduepg, participa da mobilização nacional contra a reforma administrativa que tramita no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32) e vai promover ações de protesto e conscientização em espaços públicos da cidade durante a semana.
Nesta segunda-feira, 16, está programada uma manifestação na Câmara Municipal com faixas e cartazes, que deve se repetir na sessão legislativa de quarta-feira, dia 18, data reservada para mobilização nacional.
Além disso, servidores públicos das três esferas (municipal, estadual e federal) e outros componentes da FAD que pertencem a movimentos sociais fazem um ato público no dia 18 ao lado do Terminal Central de Transporte Coletivo, às 18h30. Carro de som com informações sobre os prejuízos da Reforma Administrativa percorre as vilas de Ponta Grossa entre os dias 16 e 18.
Segundo os membros da FAD, a Reforma Administrativa está sendo vendida pelo governo Bolsonaro e seus aliados no Congresso como solução para modernizar o país e acabar com os privilégios, mas seu efeito prático será o sucateamento dos serviços públicos com a intenção de privatizar setores como Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança.
Ao acabar ou reduzir drasticamente concursos públicos, a Reforma Administrativa vai prejudicar o funcionamento de escolas, hospitais, universidades e outras instituições públicas. De outro lado, deixa na mão de prefeitos, governadores e do presidente da República o poder para contratar um grande número de trabalhadores sem concurso, o que abre espaço para abrigar apadrinhados políticos.
A Reforma também prevê acabar com a estabilidade dos servidores públicos. Com isso, o trabalhador que não atuar para favorecer os políticos que estão no governo, ou denunciar algum ilícito, pode ser demitido.
De acordo com os membros da FAD, a população de modo geral será prejudicada caso a PEC 32 seja aprovada e promulgada pelo Congresso. A medida abre espaço para que empresas privadas passem a oferecer serviços essenciais, cobrando por isso, impedindo assim o acesso de pessoas que não tenham condições de pagar. Além disso, é uma porta aberta para a corrupção, propinas e outros tipos de desvios de recursos públicos.
A FAD também alerta que a proposta não cumpre com a promessa de acabar com os privilégios, pois não atinge os chamados cargos de Estado – militares, juízes, desembargadores, diplomatas, que são os servidores com os mais altos salários.
Os organizadores convidam toda a população para se juntar ao protesto contra o extermínio dos serviços públicos representado pela PEC 32.