18/08/2021 às 14h04min - Atualizada em 18/08/2021 às 14h04min
Justiça bloqueia R$ 300 mil em bens de ex-presidente da Prolar
Juíza deu 15 dias para que os advogados do acusado apresentem a defesa preliminar
Foto: Divulgação
A 2ª Vara da Fazenda Pública bloqueou R$ 300 mil em bens do ex-presidente da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), Dino Schrutt. A liminar atende a uma ação civil pública do Ministério Público do Paraná (MP), ajuizada após o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciar Dino por ter cometido 42 peculatos.
Pela decisão publicada na tarde desta terça-feira (17), o bloqueio deve atingir imóveis e veículos do ex-presidente da Prolar. Mas, caso a Justiça não tenha sucesso em localizar bens em nome do denunciado, ele terá "numerários e aplicações financeiras" bloqueadas.
Dino pode recorrer da liminar. A juíza substituta Erika Watanabe deu 15 dias para que os advogados do acusado apresentem a defesa preliminar.
Peculatos
Na 1ª Vara Criminal, Dino já responde a uma ação penal proposta pelo Gaeco. O ex-diretor financeiro da Prolar, Deloir José Scremin Junior, também foi alvo do Gaeco. No entanto, ele confessou o crime e ficou de fora da denúncia após um acordo de colaboração.
Segundo as investigações, "no período compreendido entre 18/12/2017 a 04/09/2018, por quarenta e duas vezes, Dino teria solicitado que Deloir emitisse cheques em nome da Prolar, em diferentes valores, para que fossem descontados na boca do caixa por servidores da Companhia, sendo os valores entregues a Deloir, que os repassava a Dino. Em tese, fora desviado da Prolar o montante de R$ 149.690,00. Entre outubro de 2020 e janeiro de 2021, Dino teria realizado a devolução de 109.360,00 (cento e nove mil, trezentos e sessenta reais), após cobranças de Deloir".
A ação do Gaeco afastou Dino da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) em maio deste ano. Ele havia assumido a diretoria jurídica do órgão, junto ao Governo do Estado, ainda em 2019.