20/08/2021 às 17h39min - Atualizada em 20/08/2021 às 17h39min

1 de cada, com Alisson Camargo

Confira as dicas do cantor, músico e compositor Alisson Camargo

Por Alisson Camargo
Foto: Divulgação
Um livro, um filme, uma música, uma série, um lugar, um prato, uma frase, um ícone: oito opções para conhecer e expandir os horizontes, por Alisson Camargo, cantor, músico e compositor.  


1 LIVRO 

O Som e a Fúria de Tim Maia (Nelson Motta)


“Nelson Motta é uma daquelas pessoas que a história pessoal se confunde com a história da música e do jornalismo musical brasileiro. Foi amigo de Tim Maia e também compositor de inúmeros sucessos da MPB. A narrativa é hilária. Faz chorar e rir no melhor estilo Tim Maia. Não é à toa que virou filme. Recomendo” 


1 FILME 

Minha Fama de Mau (2019)




“Cinebiografia do Tremendão Erasmo Carlos. Além de grande fã do cara, das letras dele e de tudo o que ele já produziu, eu acho muito bonita a sua história pessoal e a forma como ele transforma isso em letras e canções incríveis. Algo bem bacana nesse longa é que a banda do Tremendão, no filme, é interpretada pelos músicos reais dele. Grandes músicos como Billy Brandão e Luiz Lopes, que são os dois guitarristas na vida real do Erasmo, estão no filme com um figurino sensacional”


1 SÉRIE 

Dark (2017)




“Ando meio desatualizado em séries, mas a última que me virou a cabeça foi ‘Dark’. É revelador refletir sobre o tempo e o espaço em uma perspectiva não linear. A série é de causar uma confusão mental em relação ao roteiro, elenco e enredo de não conseguir dormir depois [risos]”  


1 MÚSICA

“Sujeito de Sorte” (Belchior)




“A música é sensacional, assim como a mensagem dela, sobretudo no Brasil de hoje. Aliás, tudo dele é sensacional. Adoro Belchior, como cantor, compositor, poeta. A parte rítmica dessa música é sensacional. A bateria dela é única. Uma das minhas preferidas de todas as músicas que conheço. A letra carrega inúmeros significados e é totalmente atemporal”


1 LUGAR 

Estar em viagem


“Penso que a única coisa que realmente nos pertence é a nossa bagagem cultural. Adoro a sensação de sair de um lugar em busca de outro. Aquele frio na barriga de não saber exatamente onde se está, qual ônibus ou trem correto a se pegar… Ultimamente anda mais complicado, pela pandemia e por condições financeiras. A nossa moeda já foi mais forte. Mas já conheci lugares e pessoas interessantíssimas mundo afora. De tocar violão e cantar com amigos recém-feitos numa praça no centro de Montevidéu. Assistir apresentações de músicos de rua incríveis em Londres, Dublin, Berlin. Mochila nas costas e pé na estrada. Nada de luxo, não, isso custa caro e limita os lugares que se pode conhecer. É inspirador ficar em albergues. Conhecer gente interessante, dividir quarto com pessoas de outros países, ter aquela mesa de café da manhã com quatro ou cinco línguas sendo faladas ao mesmo tempo. É essa atmosfera de hostel que eu acho sensacional, realmente enriquecedora. Te coloca falando outra língua, conhecendo novas expressões etc. Já dormi em uma estação de trem em Gales, em um carro na Alemanha, entre outras peripécias, em um mochilão pela Europa com amigos, em 2014. Espero, em breve, poder viajar com o meu filho, levar ele para conhecer o Museu do Homem Americano, na Serra da Capivara, quem sabe Machu Picchu... Estão na lista de lugares que ainda conhecerei assim que possível”


1 PRATO 

Quiche Caprese do Fredericas 


“Há dois anos assumi o vegetarianismo como filosofia de vida. Então, tudo que envolve a culinária vegetariana tem me atraído bastante. É muito estimulante como descobri pratos interessantíssimos desde então. Passei a conhecer novos sabores e novos paladares. Tudo mais sútil e menos pesado. Uma abobrinha recheada com ricota levada ao forno, por exemplo. Mas a perfeição, para mim, é o Quiche Caprese do Fredericas”  


1 FRASE

“Essa merda toda vai virar adubo…” 

“Acho sensacional essa frase. Ela reflete, para mim, todo esse momento que temos vivido no Brasil e no mundo. De alguma forma, tenho fé que o que estamos vivendo enquanto humanidade, essa triste pandemia, crise política, humanitária, crise ambiental, tudo isso pode nos ajudar a forjar um amanhã melhor. Servir de adubo para o mundo que precisamos semear para o amanhã, para as gerações futuras. Que, assim como muitos que vieram antes de nós, possamos aprender com os erros e evoluir enquanto civilização”


1 ÍCONE 

José Maria 


“Meu pai. O mais brasileiro dos brasileiros dos nomes. ‘Seu Zé Maria’. Um cara simples de formação, mas muito inteligente. Aprendia coisas de maneira autodidata. Consertava os eletrodomésticos, o carro, o que desse para desmontar e entender o mecanismo ele dava um jeito. Sem pressa, é claro. Cemitérios de chuveiros, geladeiras, liquidificadores eram comuns na minha infância [risos]. Terminou o Ensino Fundamental e Médio depois de aposentado, tendo o meu irmão, o primeiro a fazer faculdade na família, como professor. O mano era recém-formado em História à época, atuando com capacitação e formação de idosos, quando o meu pai se inscreveu para ser aluno dele, no projeto ‘Integrar’. Formou-se e teve diploma de Ensino Médio completo aos 60 anos. Seu Zé sabia ser firme! Mas também era brincalhão, adorava instrumentos musicais e música. Comprava instrumentos, mas nunca os aprendeu tocar. Um dia ou outro, chegava em casa com uma sanfona, um violão. Foi assim com o primeiro violão que tivemos em casa. Foi ele quem pagou pelas minhas primeiras aulas de violão também. Um grande incentivador. Saudades. Um dia nos veremos de novo. Valeu, pai” 

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