15/12/2021 às 10h02min - Atualizada em 15/12/2021 às 10h02min
Professor de PG é investigado por importunação sexual
Ao menos oito meninas, de idades entre 14 e 17 anos, já formalizaram denúncia contra o educador
Da redação
Foto: Reprodução
O professor de um colégio estadual localizado na região do bairro de Uvaranas, em Ponta Grossa, está sendo investigado pelo crime de importunação sexual. A delegada Ana Paula Cunha Carvalho, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), confirmou ao portal NCG a abertura de uma investigação para apurar as acusações. Conforme o órgão, ao menos oito meninas, de idades entre 14 e 17 anos, já formalizaram denúncia contra o educador. “Ainda estou analisando as declarações das vítimas. Tudo ainda muito sutil”, explica Ana Paula.
Segundo informações do portal ‘dcmais’, o Boletim de Ocorrência aberto pelas jovens, junto com familiares, tramita desde o dia 29 de novembro. No documento, é alegado que o professor teria feito comentários sobre o corpo das meninas e “passado a mão”. Uma testemunha, que prefere se manter no anonimato, afirma ao portal NCG que, em uma das ocasiões de importunação, o acusado teria falado “Ainda bem que você é bonitinha e dá para comer”, porque a aluna não saberia o conteúdo repassado em sala. “Palavras de teor sexual são constantes”, acrescenta.
A diretora do colégio se manifestou sobre o assunto através das redes sociais no dia 5 deste mês, quando o caso ainda não era tão conhecido quanto é hoje. Em duas notas, a diretora garantiu que pais e alunos “podem contar com o colégio”, mas pediu cautela ao se manifestarem sobre o assunto nas redes sociais. “O colégio nunca proibiu ou se mostrou contra qualquer manifestação ou denúncia. A única orientação que sempre é dada é a necessária cautela nas redes sociais e o cuidado, principalmente, para preservar as pessoas envolvidas em conflitos. Condenamos discursos violentos e linchamentos virtuais. Isso só gera mais violência”, escreveu.
Nos textos, a diretora também ressaltou que a permanência ou não do professor na instituição é de responsabilidade da Secretaria da Educação e do Esporte (SEED) e que a direção “tomou todas as providências necessárias para que as vítimas fossem acolhidas e o ofensor responsabilizado”. Em nota enviada à imprensa, a SEED declara que abrirá uma sindicância que terá 30 dias para apurar os fatos e proferir uma decisão. “Se comprovada a conduta inapropriada do professor, ele poderá ser afastado ou demitido”, afirma o comunicado.