As skins, como são chamadas as roupas e acessórios para customizar personagens, são velhas conhecidas dos gamers. Há alguns anos, o jogo League of Legends (LoL), da Riot Games, encontrou no mercado de skins uma forma de elevar o nível da experiência. Em 2019, a produtora assinou um contrato com a grife de luxo Louis Vuitton, que desenvolveu uma série de roupas exclusivas para o jogo.
A parceria com a marca francesa rendeu também uma coleção física de peças ready-to-wear, com sapatos, bolsas, calças e acessórios, disponível no site da grife. As peças são uma evolução da coleção 'Prestígio', criada para a campeã Qiyana, e a novidade é a assinatura da Louis Vuitton inspirada no anel da personagem.
Só em 2020, o LoL gerou uma receita de US$ 1,75 bilhão, segundo relatório da SuperData, empresa de dados focada em esportes eletrônicos. Como LoL é um jogo gratuito, a venda de skins é a principal forma de faturamento. “As skins são uma forma de oferecer ao jogador opções para que ele expresse o seu estilo e a sua identidade. É como se ele estivesse numa loja, escolhendo o que lhe representa mais”, explica Priscila Queiroz, responsável pelo marketing de vários produtos da Riot, inclusive o LoL.
As skins normais do game custam entre R$ 28,00 e R$ 64,00.
Extravagância
Em outros jogos, como CS:Go, skins de armas e facas chegam a ser vendidas por até R$ 600 mil. No sucesso Fortnite, a Nike foi a aliada da vez. A empresa produziu roupas inspiradas em Michael Jordan exclusivas para o jogo.
Rentabilidade
Cairê Moura, consultor de moda digital, explica que as novas tecnologias tornam a virtualidade muito mais rentável. “Algumas empresas de jogos têm hoje um faturamento anual gerado por roupas digitais que é muito maior do que o faturamento de muitas marcas de luxo.”