“Nós estamos lidando com isso de forma muito serena, este julgamento vai acontecer, em algum momento ele vai acontecer. A quem interessa que ele não aconteça? Ao que me parece, à toda a população interessa que haja um desfecho neste caso. Não é possível que a gente fique protelando e achando que isso é algo bom. Não é. Este dia de hoje é mais um dia de luto para esta família. E nós estamos agora na espera para que este julgamento finalmente aconteça, onde quer que seja vai acontecer”, disse Thaise.
O advogado Claudio Dalledone, que defende o acusado Everton Vargas, disse que vai pedir novamente para que o julgamento seja realizado em outra comarca, ou seja, fora de Pontal do Paraná. “Diante dessa circunstância, razão não há, para que a defesa fortaleça o seu pedido de desaforamento. O que não é nenhum desrespeito para com a comarca, os munícipes daqui disseram: ‘aqui tem Justiça'”, relatou Dalledone.
Esta foi a segunda vez que o júri foi adiado. Em março, o julgamento teve que ser suspenso por causa de um erro processual. A reconstituição do crime, que ocorreu poucos dias após o crime, não tinha sido anexada aos autos do processo.
Everton Vargas é acusado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma de fogo. No documento que definiu que Everton Vargas iria a júri popular, a Justiça optou por processar o irmão dele, Cleverson Vargas, que conduzia o carro em que o suspeito estava, por embriaguez ao volante.
Isabelly foi morta há mais de 4 anos, em fevereiro de 2018, enquanto transitava na PR-412, rodovia que liga Praia de Leste a Pontal do Sul. A jovem voltava de uma gravação em uma casa de shows no Balneário Shangri-lá quando houve o desentendimento no trânsito, na altura do Balneário Primavera.
Conforme a acusação, Everton atirou no carro em que estava a vítima e a atingiu na cabeça. Isabelly chegou a ser internada no Hospital Regional, em Paranaguá, também no litoral, cidade onde morava, mas teve morte encefálica constatada no dia seguinte.