26/10/2022 às 15h18min - Atualizada em 26/10/2022 às 15h18min
Com salários atrasados, médicos reduzem atendimento em UPA de PG
Os profissionais e também prestadores de serviços não receberam os vencimentos referentes a agosto e setembro.
Informações: G1 Ponta Grossa
PMPG Apenas casos de emergência e urgência são recebidos nesta quarta (26) na UPA Santa Paula; empresa disse que não fez pagamento porque prefeitura não repassou valores integrais. Prefeitura diz que conversa com empresa.
Médicos da UPA Santa Paula em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, reduziram os atendimentos nesta quarta-feira (26) como protesto diante do atraso salarial que chegou a dois meses. Os profissionais e também prestadores de serviços não receberam os vencimentos referentes a agosto e setembro.
Agora, são recebidos apenas casos de emergência e urgência.
"Nós estamos atendendo apenas emergência. A classificação é apenas ficha vermelha e as pacientes classificadas como urgência, que são os amarelos. Os pacientes classificados como ficha azul, ficha verde, podem procurar sim o posto de saúde ou as crianças procurar o CRAC, que é o Centro de Atendimento à Criança. Mesmo sem receber salário, a gente manteve os atendimentos. Então nós optamos por tentar reduzir um pouco, né, porque a gente precisa receber. Todo mundo tem conta", afirmou uma médica que atua há mais de 10 meses na unidade e está com os salários atrasados.
Os profissionais eram contratados pela prefeitura por uma empresa terceirizada. O contrato entre as partes, inclusive, já foi encerrado.
Por nota, o Instituto Saúde e Cidadania (Isac) afirmou que não repassou os salários para médicos e prestadores de serviços porque não recebeu, da prefeitura, os valores integrais de agosto e setembro. Disse, ainda, que após o rompimento do contrato aguarda o recebimento do município para regularizar a situação junto aos profissionais.
Já a prefeitura afirmou que conversa com a empresa sobre a situação e que a diretora-técnica da UPA auxiliar no atendimento até tudo ser resolvido.
"A gente está acompanhando, com as OS (organizações sociais) a gente tem fiscal diretamente ali, 24 horas dentro das UPAs. Elas estão me passando todas as informações. Paralelo a isso a gente tem conversado com a empresa. A empresa já tem tomado todas as providências necessárias. A urgência e emergência não está desassistida", afirmou a presidente da Fundação Municipal de Saúde, Juliane Dorosxi Setefanczak.